SALVADOR TEM INTENSA PARTICIPAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL

Salvador foi o palco da oficina regional sobre a Política Nacional de Assistência Farmacêutica da Bahia.
Mais uma vez organizado pela Escola Nacional dos Farmacêuticos, em parceria com o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado da Bahia e da Federação Nacional dos Farmacêuticos.
A mesa de abertura foi composta por Aline Soares (Conselho Regional de Enfermagem), Manoel Barral (Fiocruz), Pedro Reis (Conselho Municipal de Saúde de Salvador), Eugênio Bulgarin (Conselho Regional de Farmácia), Itana Scher (Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia), Emerentino Elton Sousa de Araújo (Conselho Regional de Medicina), Lucas Duarte (Superintendência de Ciência e Tecnologia da Bahia), Eliane Simões (Diretoria Norte e Nordeste da Fenafar) e a presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite.
Juntas, as entidades nortearam o debate como uma preparação para a 15º Conferência de Saúde.
A pluralidade de profissionais está de acordo com a principal bandeira da PNAF: o controle social da saúde. A participação de profissionais de diversas áreas e da população são amarradas pela necessidade de integração e universalização do sistema de saúde.
O conceito de “controle social”, portanto, é totalmente ligado à Polícia Nacional de Assistência farmacêutica, uma vez que o profissional é capacitado para orientar a população sobre o uso racional dos medicamentos, e demais problemas relacionados à saúde.
Início do debate
Aline Soares lembrou que a frente do Conselho Municipal de Saúde ela – que é enfermeira – impulsiona o debate sobre a assistência farmacêutica “na questão da interdisciplinaridade dos profissionais de saúde”. “A farmácia, juntamente com a medicina, são profissões ligadas diretamente ao paciente, e aos medicamentos (…) e a enfermagem também está ligada a orientação e ao controle das medicações para o paciente”, lembrou Aline.
O maior exemplo de valorização do farmacêutico apresentado por Aline foi o termo de ajuste de conduta, com a prefeitura de um município da região metropolitana, para que nas farmácias de atenção básica tivesse o profissional.
“Eles estavam colocando profissionais de enfermagem para fazer a dispensação dos medicamentos, e não é da nossa competência fazer isso. Nós entendemos que cada profissão tem sua competência”, avaliou Aline.
O Diretor da Fiocruz, Manoel Barral, elogiou a revisão da PNAF. “A fiocruz é comprometida com a integralidade do SUS, que envolve a assistência integral”. Em sua fala, ele exaltou a conexão entre os profissionais de saúde, e destacou que a evolução das políticas públicas são resultado de debates amplos.
Já Emerentino Elton Sousa de Araújo, do Conselho Regional de Medicina da Bahia, lembrou que a interdisciplinaridade dos profissionais, “com seus papeis bem definidos”, é ponto de partida do fortalecimento do SUS. “Durante muito tempo os médicos foram mal acostumados, com a questão da assistência muito centrada nesses profissionais, mas reconheço a importância da assistência farmacêutica”.
“O Conselho Regional de Farmácia da Bahia encara essa PNAF com muita importância”, disse Eugênio Bulgarin. “A gente encara a importância de avançar, respeitando a atribuição e exercício dos profissionais de outras áreas”, disse.
Se o orçamento e produção foram temas frequentes, Eugênio destacou que agora é necessário debater “o acesso qualitativo” dos pacientes. “Esse é o grande momento, essa discussão que está sendo realizada nos estados é um marco”.
Eliane Simões agradeceu, em nome da Federação Nacional dos Farmacêuticos, a presença de todos, porque a o evento tem a responsabilidade de “trazer o subsídio para que essa política caminha para ofertar a qualidade de vida, a melhoria da sua saúde.”
Segundo Eliane, a PNAF dá musculatura para a assistência à saúde, e garante a transformação do sistema como um todo.
Finalizando, a presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, viu na mesa um “bom início” de mobilização dos setores representados uma “motivação de discutir” a PNAF.