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Home›Notícias›AS ARANHAS USAM PATAS PARA OUVIR? POR RENNE RODRIGUES E MARSELLE NOBRE DE CARVALHO

AS ARANHAS USAM PATAS PARA OUVIR? POR RENNE RODRIGUES E MARSELLE NOBRE DE CARVALHO

By admin
janeiro 8, 2021
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Os farmacêuticos Renne Rodrigues e Marselle Nobre de Carvalho destacam neste artigo a importância da ciência e da pesquisa para o desenvolvimento de medicamentos e como o negacionismo pode trazer graves consequências para a vida das pessoas. Leia abaixo na íntegra.

Embora cruel, existe uma anedota que ilustra bem algumas situações. Conta a anedota que um menino desbravava o mundo da ciência. Certo dia, guiado pela ideia de que a aranha escuta pelas patas, decidiu fazer uma experiência, arrancando duas patas. O menino colocou-a no chão e disse para a aranha correr. Ela saiu correndo.

Como as aranhas têm cerca de quatro pares de patas, ele a pegou novamente e arrancou mais duas patas. Colocou-a no chão e mandou correr mais uma vez. Desengonçada, ela tentou fugir. Como sobravam patas, o menino pensou que ela ainda escutava. Então, arrancou as patas restantes, colocou-a no chão novamente e gritou: corre! Desta vez a aranha não correu e o menino concluiu que ela ouve pelas patas.

A ciência segue um longo caminho, com avanços e retrocessos, até que determinadas respostas possam ser consideradas válidas para a sociedade. O processo é, geralmente, lento e permite a reflexão. Quando se fala em testes de uso de medicamentos são necessários vários estudos com um mínimo de qualidade para que determinado produto ou tratamento seja aprovado. As agências internacionais não aprovam se não for comparado com placebo, placebo-ativo ou mesmo com o tratamento padrão disponível, o chamado grupo controle.

Quando não há grupo controle corre-se o risco de o resultado seguir impressões dos autores e não a realidade. Um exemplo: uma amostra de 200 pacientes com gripe (influenza sazonal), com receita de uma maçã cortada em sete pedaços para ser ingerido um pedaço por dia durante sete dias. Ao final, é esperado que ao menos 120 ou 160 pacientes tenham total remissão dos sintomas, que um ou dois sejam internados e nenhum vá à óbito.

O que se pode concluir desse experimento? Nada, mas o negacionista pode afirmar que a maçã cura gripe e falar que ela não mata. Na verdade, a gripe é causada por um vírus e tem remissão dos sintomas em cerca de sete dias e agrava-se em determinadas situações. E se esse raciocínio for usado para as terapias contra a Covid-19, que – como a gripe – é causada por um vírus?

As evidências devem ser avaliadas à luz da ciência e não a partir da ingenuidade. Qualquer pesquisa que compare tratamentos para a Covid-19 (precoces ou hospitalares) precisa seguir normas éticas de pesquisa com seres humanos, analisada por cientistas da área de conhecimento e publicada por boas revistas científicas. É importante analisar a produção científica como um todo e não se basear em um único estudo para tomar decisões clínicas. Por exemplo, existem artigos patrocinados pela indústria do tabaco que “indicam” os benefícios de fumar. O que isso quer dizer? Que são estudos falhos, porque existem 10.000 outros que comprovam o contrário.

Esse processo é complexo e transferir para a população a responsabilidade de verificar a veracidade da informação científica é inadequado. Por isso, é necessário valorizar, cada vez mais, os relatórios técnicos de instituições comprometidas com a ciência, como Organização Mundial de Saúde, FIOCRUZ e Universidades, com destaque para a UEL, que tem realizado muitas pesquisas sobre o novo coronavírus e a Covid-19.

A indicação e o uso de medicamentos para a Covid-19 devem se pautados em boas evidências científicas e estudos clínicos responsáveis. Esse processo deve ser comparado com um grupo adequado, balanceado e homogêneo, para evitar resultado sem valor científico. Que em 2021, consigamos ser um país melhor, mas para isso temos de escolher entre nos pautar pela ciência ou nas aranhas que usam as patas para ouvir.

*Renne Rodrigues é doutor em Saúde Coletiva (UEL), Marselle Nobre de Carvalho é doutora em Ciências Farmacêuticas (UnB). Ambos são farmacêuticos e professores do Departamento de Saúde Coletiva da UEL. Publicado em 08/01/2021

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